Denominada de quinta geração da Internet móvel, a Rede 5G foi desenvolvida para cumprir objetivos bastante audaciosos: maior velocidade do que as antecessoras (3 e 4G, por exemplo), mais integração entre recursos em nuvem, além de ser o terreno fértil para a evolução da Internet das Coisas (IoT). Na saúde, o 5G também se apresenta como um passo relevante em direção à otimização de soluções para pacientes e para todos os agentes envolvidos na cadeia de serviços desse segmento. 

De acordo com o Ministério das Comunicações, o país conta atualmente com 5.275 antenas de 5G ativas pelo Brasil, impactando, positiva e gradualmente, mais de 50 milhões de pessoas que vivem nas localidades em que o recurso já foi implementado. Esse número contempla 24% da população brasileira e mostra como é urgente, para qualquer modelo de negócio, estabelecer planos de ação focados na absorção da tecnologia vista como a promessa do futuro. 

Dentre os principais diferenciais do 5G está a velocidade para a transferência de dados entre dispositivos, a qual varia entre 10 Gbps e 20 Gbps sendo de 10 a 100 vezes mais rápida que o 4G. Além disso, a rede trabalha com altas frequências, emitindo mais ondas dentro de 1 segundo do que já visto anteriormente. 

Isso significa dizer que estamos caminhando para um mundo cada vez mais conectado e que consegue trocar mais informações em um curto espaço de tempo. A latência ultrabaixa, outra qualidade da Internet 5G, fortalece esse contexto ao permitir que o tempo que um dispositivo leva para enviar dados para outro dispositivo seja reduzido. 

Todos esses pontos contribuem para diversos mercados, inclusive o da saúde. Prova disso é a popularização das healtechs no Brasil, que, segundo a Liga Ventures e a PwC Brasil, aumentaram sua atuação no país em 16,11%, entre 2019 e 2022. 

A importância da rede 5G na saúde 

A associação da rede 5G na saúde representa uma possibilidade de reestruturação de diversas soluções, tornando-as muito mais estratégicas e de alto valor agregado. É o caso da telemedicina, dos novos wearables (ou dispositivos vestíveis), da integração de softwares de gestão em alta velocidade e com o envolvimento de diversos atores sem prejuízos de perda de informação, qualidade ou tempo. 

A 5G permite ainda a aceleração de outros recursos igualmente avançados e benéficos para a saúde, como é o caso da Internet das Coisas Médicas (IoMT). De forma direta, a IoMT representa a possibilidade de efetividade nas “assistências médicas remotas”, no “rastreamento de sensores ingeríveis”, e na “saúde móvel” – é o que esperam, ao menos, o Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e o próprio mercado.

De acordo com a Deloitte, a Internet das Coisas Médicas vai movimentar US$ 158,1 bilhões até o fim de 2022 e em mais três anos, em 2025, o Oracle prevê que o número de sensores voltados para a nova rede chegue a 22 bilhões. 

Na prática, o 5G na saúde sistematiza estrategicamente soluções para além das consultas à distância, como, por exemplo potencializa: 

•Atendimento mais eficiente

•Possibilidade de gestão remota de sistemas de saúde completos 

•Realização de exames de imagem

•Cursos para profissionais da área 

•Trabalho consistente em big data – tratamento e análise de grandes quantidades de dados, de forma regulada, o que possibilita tomadas de decisão cada vez mais assertivas e conectadas à realidade de cada paciente. 

•Desenvolvimento de novos tratamentos inovadores. 

•Automação de tarefas para diagnósticos cada vez mais rápidos e precisos

Nesse cenário, segundo César Griebeler, vice-presidente de Tecnologia da Pulsati, através de reportagem publicada na Exame, tais facilidades são catalisadoras de uma reformulação dos serviços de saúde e da forma de prestá-los, priorizando o bem-estar e qualidade de vida dos pacientes, bem como, o fenômeno de desospitalização – uma vez que muitas demandas que antes eram direcionadas desnecessariamente às clínicas e hospitais já são resolvidas através da nuvem. 

Inclusive, um levantamento da McKinsey mensurou que a combinação de ferramentas de suporte à decisão, inteligência artificial para diagnósticos mais rápidos e precisos, além dessa automatização de tarefas cotidianas irá permitir a liberação da “capacidade de investimento adicional em saúde e gerar de US$ 250 bilhões a US$ 420 bilhões em impacto no PIB global até 2030”.

5g na saúde e o fenômeno da desospitalização 

A telemedicina já é uma realidade principalmente após a pandemia de Covid-19, que demandou o distanciamento social. De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), 2,5 milhões de consultas virtuais ocorreram entre 2020 e 2021, sendo que 90% delas tiveram o problema do paciente resolvido na própria consulta à distância. 

Portanto, a nuvem e os avanços tecnológicos que a potencializam, como a rede 5G, IoMT e Inteligência Artificial, são as verdadeiras engrenagens que movimentam o fenômeno da desospitalização. 

O objetivo dessas ações é, sobretudo, possibilitar aos pacientes e familiares um atendimento mais humano, personalizado, focado nas necessidades de cada tratamento, tendo o domicílio como espaço-referência para a evolução positiva do quadro desses sujeitos. 

Nesse sentido, a tecnologia promove um salto na digitalização da saúde, integrando, de forma exponencial, as pessoas, os dispositivos e as máquinas. Com isso, há um reflexo em tratamentos médicos mais seguros e orientados para a demanda do paciente, além da exoneração da alta demanda por serviços hospitalares básicos. 

Ainda sobre esse tópico, dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) indicam que 40% dos exames e 18% das idas aos pronto-socorros se dão de forma desnecessária e evitável. Algo que poderia mudar caso as situações fossem acompanhadas de “coordenação de cuidado e atenção primária”.

Desafios para que o 5G na saúde seja uma realidade 

Ainda segundo o vice-presidente de Tecnologia da Pulsati, César Griebeler, embora o cenário seja promissor e a saúde esteja diante de verdadeiras transformações com os avanços das tecnologias, é preciso que o segmento esteja atento aos desafios desse novo momento. 

O profissional elenca alguns pontos de destaque nesse sentido: 

Para se distanciar dessas intercorrências, César Griebeler ratifica a relevância das empresas de saúde e da cadeia de prestadores de serviço desse segmento como um todo se associarem a “parceiros de ponta e com softwares já adaptados à nova realidade, que permitam uma melhor organização e monitoramento da gestão” dos negócios. 

A  partir da implementação dessas ferramentas e de um mindset voltado para o contexto altamente tecnológico, focado no 5G na saúde, na automação de tarefas ordinárias e no atendimento cada vez mais direcionado, a experiência de usuários e pacientes tende a ser mais positiva. 

É neste contexto que o home care se populariza e se apresenta como uma das ferramentas para uma saúde com serviços cada vez mais ágeis, inteligentes, eficazes e transparentes. Além claro, de mais satisfatórios aos pacientes, usuários, familiares e profissionais. 

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